Eu nasci e vivi. Meu tempo de criança... Ah, como era bom! Tudo tinha sentido pra mim, uma flor era um encanto. Caía, me sujava todo na lama, alguém sorria, eu tambem sorria juntamente. Todo sujo, caído de prancha no chão e sorrindo para a multidão que soltava gargalhadas de minha queda.
Fui crescendo... As coisas simples da vida foram perdendo o sentido, passava ao lado de uma flor, às vezes, quando um espinho me arranhava, metia o pé naquela roseira, quebrando galhos, deixando o solo coberto de pétalas. Arranhava-me ainda mais nos espinhos.
A simplicidade da rosa não percebia. Fui crescendo e complicando as coisas simples de minha vida, não tinha mais tempo em ouvir o cantar dos passarinhos. Sentir o suave perfume de uma flor passou a ser coisa de gente fraca, “eu era forte”.
Através da imensa quantidade de dinheiro que conquistei, pensei que o mundo estaria sob meus pés. Puro engano.
Passei à eternidade, descobri agora o que realmente importa na vida: o amor. Aquele amor que simplifica. Não aquele que complica. Aquele que perdoa e compreende. Não aquele que mata por não aceitar as diferenças. O amor, o verdadeiro amor!
Nenhum comentário:
Postar um comentário